terça-feira, 28 de outubro de 2014

Leituras de Férias #3: As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky

Hey guys!

Aqui estou mais uma vez para falar sobre os livros lidos nas minhas férias da universidade (mesmo que as férias já tenham passado, mas isso é detalhe..). O livro da vez é o tão aclamado por esta geração, o livro que tantas pessoas me falaram, um dos queridinhos dos jovens, o famosíssimo As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky.
Ah, antes de começar a falar das minhas impressões sobre o livro, vou me ater a alguns detalhes técnicos. Percebi que não tenho feito muito isso nas últimas postagens literárias, então decidi me policiar mais e colocar mais informações, para dar um ar mais sofisticado nas resenhas, rs. Agora vamos ao livro!

Título original: The Perks of Being a Wallflower
Editora: Rocco
Autor: Stephen Chbosky
Páginas: 224
Avaliação

Sinopse: "Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, As vantagens de ser invisível reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela. As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir infinito ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se é real ou imaginário. Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo." (via Skoob)

Antes de me aprofundar sobre qualquer aspecto desse livro, eu tenho que falar: gostei. Gostei mesmo. O livro é bacana, a leitura fluiu rápido, o personagem principal é cativante, enfim, tem todos aqueles aspectos que um leitor aprecia em um livro. Mas não vou endeusá-lo como vi muitos fazerem por aí, porque verdade seja dita: não é para tanto. Esse livro foi muito recomendado por amigos, lia críticas muito elogiosas sobre ele em vários blogs por aí e depois de assistir o filme (e ter adorado) minha expectativa só aumentou. Talvez este tenha sido o erro. Criei muitas expectativas, e no final das contas o livro não atendeu a elas. Às vezes me pergunto se eu não deveria ter lido o livro sem esperar muito dele, aí talvez eu me surpreendesse mais.

Charlie, o personagem principal, é um adolescente um tanto introvertido, tem dificuldade de se relacionar com pessoas e o contexto do livro se passa justamente numa época muito difícil para os adolescentes americanos: o ensino médio. E para Charlie parece que vai ser mais complicado ainda, devido a sua dificuldade em fazer amigos. Mas nosso bom rapaz consegue fazer amizades, os tão marcantes personagens Sam e Patrick, juntamente com a turminha com quem eles conviviam. E assim Charlie passa por diversas experiências, descobre muito de si mesmo e dos outros e aprende a "participar" (ai, amei essa expressão). Ele é um garoto encantador. Um tanto traumatizado sim, mas com certeza encantador. Não dá para ler e não se afeiçoar a ele. Charlie é carinhoso, receptivo e com certeza sabe cultivar amizades. Na minha concepção, ele só precisava de pessoas com quem compartilhar esses sentimentos, como diz outra expressão do livro que eu amei "se sentir infinito".

A escrita é atrativa, fácil e diferenciada, uma vez que são a coleção das cartas que Charlie manda para não-sei-quem, como forma de desabafar e compartilhar experiências. O livro mescla passagens engraçadas, dramáticas e aqueles tipos de pensamentos do personagem que faz a gente refletir; aquelas frases que a gente não esquece nunca mais depois que lê. A relação com os amigos são algumas das melhores partes e é com eles que Charlie aprende muitas coisas. Sam e Patrick (juntamente com Charlie) são alguns dos personagens mais bem criados que eu já encontrei nos livros. Erram, acertam, se divertem, sofrem por amor e por muitas coisas, enfim, são muito reais, tem uma bagagem emocional e psicológica incríveis.

Também é presente muito do contexto familiar: a relação de Charlie com os pais e irmãos, aquelas "famosas" festas familiares e alguns momentos um tanto complicados na vida de Charlie como filho e irmão. No meu ver, foi um ponto positivo o autor ter dado destaque a esse lado mais doméstico do personagem. Na verdade, todas as interações de Charlie em todos os ambientes possíveis são interessantes. Na escola, nas festinhas, em casa, não importa o lugar, você percebe que o personagem está amadurecendo. Outra coisa a se apreciar nesse livro: as inúmeras citações musicais e literárias. Charlie COM CERTEZA aprecia uma boa música e é um exímio leitor. 

Sobre o final, como não quero dar spoilers, só direi que foi surpreendente. Mesmo quem não leu o livro, mas já assistiu o filme pode ter uma ideia do que estou falando.

O meu exemplar: lindo, a capa é aquela do filme. Uma das coisas em que a editora que fornece o livro pecou foi a cor das páginas. Pô, o livro é tão legal, ficaria mais legal ainda se fosse com aquelas páginas amareladas, né? Sei lá, gente, sou apaixonada pelas páginas amareladas, a minha visão agradece. Mas no restante, o livro é lindo e a diagramação é ótima e em algumas partes sugere aquela escrita de máquina de datilografar, o que pela época em que o livro foi escrito, era como as pessoas ainda redigiam muitos de seu documentos.

Como provavelmente vocês perceberam, eu relatei só impressões positivas, porque foi realmente o que eu captei do livro. Como eu disse no começo, ele é ótimo, só acho que eu esperei muito dele por tudo que já ouvi falarem e me decepcionei um pouquinho. Apesar de não entrar na minha listinha de favoritos, ele será bem lembrado por mim. Merecidas cinco estrelas para ele!

Vale lembrar da adaptação cinematográfica, uma das mais fieis que já assisti. Logan Lerman (Percy Jackson em O Ladrão de Raios e Mar de Monstros) como Charlie simplesmente arrasou, além das ótimas atuações de algumas queridinhas dos adolescentes: Emma Watson como Sam (a Hermione da saga de Harry Potter) e Nina Dobrev como irmã de Charlie (as duplicatas Elena e Katherine, da série The Vampire Diaries). Um parabéns muito merecido para quem conseguiu adaptar esse livro tão fidedignamente. Com certeza também recomendado.

E vocês, já leram ou pretendem ler esse livro? Gostaram da minha opinião? Fiquem à vontade para comentar abaixo!

Beijos e queijos :*

"A gente aceita o amor que acha que merece." (As Vantagens de Ser Invisível, página 35)

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